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Como se chega a violência

“Moro em uma cidade de hum milhão e quinhentos mil habitantes. Ela tem apenas 75 anos de idade e quando cheguei aqui há 31 anos ela deveria ter uns 600 mil habitantes. Em três décadas ela cresceu quase 200%”.

violênciaMoro em uma cidade de hum milhão e quinhentos mil habitantes. Ela tem apenas 75 anos de idade e quando cheguei aqui há 31 anos ela deveria ter uns 600 mil habitantes. Em três décadas ela cresceu quase 200%. É de se imaginar que com essa explosão demográfica o que veio junto também assustou. O ano passado Goiânia foi eleita a cidade com melhor qualidade de vida. Mas temos muitos problemas. Problemas de tráfego (a 2ª maior frota de carros do país “per capita”) e os índices de violência? Também assustadores. Ontem mesmo assassinaram um empresário as 21 h, a alguns metros de minha casa, ao reagir a um assalto, e olhe que o crime aconteceu a apenas 100 metros de dois Comandos da Policia Militar, um inclusive, Comando de Elite.

Estamos vendo, aí em Iguaí, uma cidade com pouco mais de trinta mil habitantes, e que durante décadas foi sinônimo de PAZ, encontrar-se hoje entre as cidades mais violentas de nosso estado.O que quero dizer com isso é que a violência se instalou como uma moléstia grave em todas as nossas cidades, independente de tamanho, localização ou governo que a administre.É comum jogarmos a culpa em nossos governantes. Lógico que em muitos casos, ocorre omissão ou falta de políticas públicas decentes para que se amenize o problema. Mas a violência em que nossos jovens se encontram, em sua essência, cresceu com ele em um lar onde pais e mães não exerceram a sua devida função: a de orientar, educar, determinar limites, ser guia, ser sustentação e acima de tudo, ser ESPELHO.

Bem, e o que devemos fazer com as nossas crianças e jovens mal educados, mal instruídos e mal aproveitados? Que eles sejam reeducados em instituições com princípios básicos e estruturais capazes de mostrar-lhes um novo caminho a seguir. Fazer o papel que a sua família não exerceu. Sei que é difícil introduzir princípios de caráter em um adulto, mas já vimos tantos que se recuperaram quando tiveram uma oportunidade sustentável!…

Carl Rogers, um notável psiquiatra americano e um dos precursores da psicologia humanista e criador da terapia centrada na pessoa, afirma que toda pessoa tem o que chamou de tendência realizadora, o que a conduz à luz interior, que a arrasta para o crescimento. É preciso apenas que tenhamos pessoas capazes de mostrar aos jovens infratores que eles têm e podem seguir por caminhos melhores, se quiserem.

A nossa responsabilidade como cidadãos do mundo e como aprendizes e multiplicadores dos ensinamentos de Jesus, é de que devemos ter compaixão por pessoas que se encontram perdidas em seu caminhar. Eu disse COMPAIXÃO, por que este sentimento é diferente de “pena”. A compaixão faz com que você se iguale e entenda o que o outro está passando e procure uma forma de tirá-lo dali.

Por Sira Sirlene Rodrigues da Rocha

 

Sobre Beto Batalha | IguaíBAHIA.com.br

Érito Roberto (Beto Batalha) - Criador do Site IguaiBAHIA. Criado em Iguaí, onde viveu e estudou até os quatorze anos. Mudou-se para São Paulo em 1980, onde vive até hoje. Formado em Direito. Casado, com Maria do Socorro Rosa Freire, pai de 4 filhos, (dois do primeiro casamento, e dois do segundo casamento). Trabalha atualmente no Ministério Público do Estado de São Paulo.

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