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Zé de Tito | Foto: Luís Carlos Nunes

Domingo Show da TV Record apresenta a história do iguaiense Zé de Tito

O Programa Domingo Show, apresentado por Geraldo Luís, aos domingos na Rede Record de Televisão, exibiu neste domingo (20) a história de Zé de Tito. Iguaiense de 89 anos, conhecido como o vaqueiro mais velho do Brasil.

Zé de Tito | Foto: Luís Carlos Nunes
Zé de Tito | Foto: Luís Carlos Nunes

Após participação no programa A Bahia que a Gente Gosta, gravado em Iguaí, e exibido na TV Record Bahia no dia 6 de dezembro que   mostrou  além das belezas naturais do município, algumas de suas tradições folclóricas como o Reisado e a exótica Pila do Café, a história do vaqueiro Zé Tito foi atraída para a grade nacional da emissora, através do Domingo Show.

Zé de Tito em São Paulo

Uma equipe da TV Record do programa Domingo Show gravou uma reportagem com Zé de Tito no dia 9/12 e o convidou para conhecer a cidade grade (São Paulo) e participar do programa, no palco, com Geraldo Luís.

Zé de Tito em São Paulo

Durante visita a cidade de São Paulo, uma equipe da Record percorreu os principais pontos da capital paulista com o vaqueiro Zé Tito. Com o bom humor de sempre e com histórias de vida, de superação e ‘causos’ da vida simples e dura de um homem do campo. O vaqueiro se mostrou à vontade e chamou a atenção por onde passava com seu traje de vaqueiro.

Zé de Tito

Com 87 anos de vida, sem colesterol alto, com pressão 12/8, o vaqueiro Zé de Tito pode ser chamado de uma enciclopédia sertaneja. Por conta de sua história singular, ele já participou do programa de Ana Maria Braga, na rede Globo, do programa de Xangai, na rede Educativa, e do programa Na Carona, também da rede Educativa.

Este sucesso não é por acaso. Zé de Tito sem saber ler e nem escrever educou 8 filhos que hoje são empresários, bancários, servidores públicos bem sucedidos na vida. Ele conta que não conhece pai nem mãe, nem qualquer outro parente. E já na sua infância trabalhava como aguadeiro, transportando água para as casas dos coronéis na cidade de Iguaí, no sudoeste baiano, próximo à Vitória da Conquista, num tempo, que, segundo ele, não era permitido que pobre entrasse em casa de rico. A saga de Zé de Tito se torna ainda mais impressionante quando na sua adolescência ele se torna vaqueiro e passa a transportar boiada de Minas Gerais para o Campo da Feira, atual Feira de Santana. “Era uma viagem que durava 90 dias, tocando na faixa de 800 bois. Dormindo nos lugares mais inóspitos possíveis, debaixo de sol e chuva. Sofrendo privações de toda ordem, mas sem demonstrar esmorecimento ou falta de coragem”, disse.
Na opinião de Zé de Tito, foi o trabalho que lhe deu vigor físico para chegar aos 87 anos com a saúde perfeita. Ele relembra que quando se casou não tinha nada. “Nem uma árvore para dormir em baixo”. Mas, trabalhando sempre ele comprou um pedaço de terra, construiu sua casa e passou a plantar. Quando seus filhos nasceram, ele teve que mudar para cidade, para que as crianças pudesse estudar, e voltou a ser vaqueiro para sustentar a família. “Eu disse para mim mesmo que meus filhos não iriam passar pelo sofrimento que eu passei. Sofri muitas humilhações. Naquele tempo nem de empregado a gente era chamado. Nós eramos os “alugados” pelos coronéis para fazer o serviço deles. Éramos tratados como animais. Me lembro que uma vez fui receber o salário e caía uma chuva muito forte. O coronel estava em sua varanda e não permitiu que eu entrasse. Tive que ficar na chuva, esperando ele contar o dinheiro para me entregar, e depois que recebi voltei para casa ensopado. É por isso que eu digo: hoje não tem pobre nem tem rico, todo mundo fala com todo mundo, mas naquele tempo era muito diferente, e o sofrimento era muito maior”.
Zé de Tito, apesar de ter enfrentado muitas dificuldades, recorda com saudade o tempo em que tocava boiada, principalmente quando fazia a travessia do rio Jequitinhonha, no Norte de Minas Gerais. “A travessia era feita a nado. A gente botava os bois nadadores na frente e os demais seguiam. Era uma coisa muito bonita, 800 bois nadando até atravessar o Jequitinhonha”.
O vaqueiro se mostra um homem muito feliz, principalmente quando fala da família. A esposa Dona Nita Dias, os filhos Carlinhos Dias da Silva, Antonio Cosme da Silva, João Dias da Silva, José Dias da Silva, Jurandir Dias da Silva, Juarez Dias da Silva, Maria de Fátima e Maria das Graças, além de uma infinidade de netos que são médicos, advogados, empresários, etc.
Finalizando, ele disse que veio à Barreiras, a convite de Deusdete Santiago, participar da Festa do Pequi, realizada neste domingo 15, no rio de Ondas, e que ficou encantado com a região e com as pessoas que conheceu na cidade. [Por Roberto de Sena/Mural do Oeste]

O vaqueiro Zé Tito foi

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