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Entenda a Guerra Civil na Síria

mideast-syria_franA Síria enfrenta, desde março de 2011, uma guerra civil que já deixou pelo menos 100 mil mortos, destruiu a infraestrutura e gerou uma crise humanitária no país. Acuados pelo conflito, mais de 2 milhões de sírios deixaram o país rumo aos países vizinhos, gerando uma crise de refugiados e aumentando a instabilidade da região.

O contestado presidente sírio Bashar al-Assad, da minoria alauíta, enfrenta uma rebelião armada que tenta derrubá-lo.

No início, a rebelião tinha um caráter pacífico, com a maioria sunita e a população em geral reivindicando mais democracia e liberdades individuais, mas aos poucos, com a repressão das forças de segurança, ela foi se tornando mais violenta.
O regime argumenta que a rebelião é insuflada por terroristas internacionais, com elos com a rede terrorista da Al-Qaeda, e que apenas se defende para manter a integridade nacional.
O conflito tem sido marcado por derrotas e vitórias dos dois lados, apesar de o governo ter ganho terreno nas últimas semanas.

A fragmentada oposição síria tenta se organizar para uma possível tomada de poder, mas queixa-se de falta de apoio das potências ocidentais, que se mostram reticentes em entrar no conflito.

Desde o início do conflito em março de 2011, os EUA se limitam a oferecer apoio não letal aos rebeldes sírios e a fornecer ajuda humanitária.
Em junho, a administração Obama prometeu “apoio militar” aos rebeldes, embora tenha mantido certa indefinição sobre a natureza dessa ajuda.

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A Rússia, que tem interesses econômicos e estratégicos na região, é a principal aliada do governo sírio, e tem vetado resoluções sobre a Síria no âmbito do Conselho de Segurança.

China e Irã também são importantes aliados do presidente sírio Assad.

Nesta quarta-feira (21), a oposição denunciou mais de mil mortos em um massacre com uso de armas químicas. O governo vem negando ter usado armas químicas, apesar de o Ocidente ver evidências em contrário.

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O número de mortos é o fornecido pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que conta com uma vasta rede de ativistas em todo o país.
Se confirmado, o incidente pode se tornar o mais grave com uso de armas químicas no planeta desde os anos 1980.

2011
– 23 de março: Ao menos 100 pessoas são mortas pelas forças de ordem durante manifestações em Deraa (sul), berço da revolta uma semana antes (militantes e testemunhas).
– 31 de julho: 100 mortos e dezenas de feridos durante uma vasta ofensiva do Exército em Hama (centro).
2012
– 4 de fevereiro: Mais de 230 civis, incluindo dezenas de mulheres e crianças, são mortos em uma noite em Homs (centro) em bombardeios do Exército.
– 25 de maio: Ao menos 108 mortos em um massacre em Hula (província de Homs). Uma Comissão de investigação da ONU afirma que as forças pró-Assad são responsáveis por muitas mortes.
– 6 de junho: ao menos 55 pessoas são mortas, incluindo mulheres e crianças em Al-Kubeir (província de Hama). O OSDH e a oposição acusam os ‘shabbihas’ (milícias pró-regime) pelo massacre.
– 21 de junho: Quase 170 mortos, incluindo 104 civis.
– 12 de julho: Em Treimsa (província de Hama), bombardeios e combates fazem mais de 150 mortos, incluindo dezenas de rebeldes. A oposição e uma parte da comunidade internacional chamam esta operação de ‘massacre’.
– 19 de julho: A repressão e os combates fazem mais de 300 mortos, em seu maioria civis, em todo o país.
– 6 e 7 de agosto: Quase 500 mortos, incluindo mais de 300 civis, em todo o país. Em 11 e 12 de agosto, quase 300 mortos, particularmente em Aleppo (norte).
– 20-26 de agosto: Operação militar contra Daraya: mais de 500 corpos encontrados nesta periferia rebelde de Damasco.
– 20 de setembro: 225 mortos, incluindo dezenas durante um ataque contra um posto de gasolina da província de Raqa (norte).
– 26 de setembro: Ao menos 305 mortos, incluindo 199 civis.
– 23 de dezembro: Mais de 60 civis mortos em um ataque do Exército em frente a uma padaria perto de Hama (centro). Segundo a organização Human Rights Watch, os ataques contra filas de espera mataram dezenas de civis.
2013
– 15 de janeiro: 87 mortos em bombardeios contra a universidade de Aleppo. Rebeldes e regime negam responsabilidade no ataque.
– 29 de janeiro: quase 80 corpos de jovens executados são encontrado em um rio em Aleppo.
– 21 de fevereiro: mais de 83 mortos, em sua maioria civis, em atentados em Damasco.
– 11 de junho: Sessenta xiitas, em sua maioria combatentes pró-regime, são mortos na província de Deir Ezzor (leste). Com a intensificação dos combates, os balanços do OSDH ultrapassam quase todos os dias os 100 mortos.
– 21 de agosto: A oposição acusa o regime Assad de matar 1.300 pessoas em um ataque com armas químicas perto de Damasco e a comunidade internacional de ser ‘cúmplice por seu silêncio’.

Sobre Beto Batalha | IguaíBAHIA.com.br

Érito Roberto (Beto Batalha) - Criador do Site IguaiBAHIA. Criado em Iguaí, onde viveu e estudou até os quatorze anos. Mudou-se para São Paulo em 1980, onde vive até hoje. Formado em Direito. Casado, com Maria do Socorro Rosa Freire, pai de 4 filhos, (dois do primeiro casamento, e dois do segundo casamento). Trabalha atualmente no Ministério Público do Estado de São Paulo.

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